sexta-feira, maio 19, 2006

as conscientes ilusões de nathan

Estava eu lendo Desvarios no Brooklyn - do Paul Auster - quando me deparo com tamanha alegoria. Veja você mesmo:

Se eu não quero largar isso tudo, por que empurrar meu sobrinho para essa conversa sem sentido sobre propriedades imobiliárias com Stanley Chowder? Para agradar a Tom, imagino. Para lhe mostrar que pode contar com meu apoio para seu projeto, ainda que nós dois estejamos cientes de que o novo Hotel Existência se ergue sobre um alicerce de "conversa fiada" apenas. Coopero com Tom para mostrar que estou do lado dele e, porque Tom dá valor a meu gesto, ele coopera comigo. É um exercício mútuo de auto-ilusão consciente. Não vai dar em nada, o que significa que podemos continuar sonhando juntos sem nos preocuparmos com as conseqüências. Agora que incluímos Stanley na brincadeira, a coisa quase começa a parecer real. Mas não é. Continua sendo uma grande bobagem, uma fantasia sem futuro, uma idéia tão fajuta quanto o manuscrito de Hawthorne - que muito provavelmente nem sequer existe. Mas isso não significa que a brincadeira não seja divertida. Seria preciso estar morto para não curtir falar de coisas estapafúrdias, e que lugar melhor para isso do que no alto de um morro no meio do nada em plena quietude da Nova Inglaterra?

3 comentários:

Anônimo disse...

guria!!

A frase de abertura do teu blogg é a mesmo do meu fotolog!

Freak!
Tu já tinah visto isso?

beijocas

Anônimo disse...

hey man, ligue-se!
I need you guyyysss, hoje!!!
beizinho.

Anônimo disse...

Bah, meu...viagem esse texto...qdo eu terminar minha lista infindável de livros (q tu sabe q só tende a aumentar) vou querer emprestado...hehehehehehe...a mais escalada!!
beijos, Lokona!!!